sexta-feira, 14 de dezembro de 2012


Estou na mesma posição, e muitas vezes não sinto vontade de sair dela para nada, mesmo querendo, não  sinto vontade de sair e me deparar com as mesmas coisas, o mesmo cenário  e pareço que me perco no vazio do meu olhar, varias vezes me flagrei olhando para o nada, paradinha, pensativa, imóvel  até sentir a necessidade de se mover, estou mais calada hoje, não gosto de esta assim, mais o que perguntaria, ou falaria, se já falei tudo, ou quase tudo, não tenho neuma novidade, e por mais que fosse fofoqueira não teria como fofocar da vida de alguém porque não tenho contato com seres humanos la fora , tudo é muito resumido bem aqui em metros quadrados, tão pequeno que nem sei. Vejo que a rede se movimenta mais que eu. Tudo muito perto de mim, celular, remédio  água, e meus pensamentos, enfadonhos, pendido para ser expulsado de mim com forma de texto, Tenho o habito de colocar a mão do lado direito do rosto e ficar minutos na mesma posição, quieta, sem me reconhecer, não sou assim , não era assim, essa não sou eu. Nem sei mais quem sou. Não quero comer, não preciso mais ser amada, ou querida. Não suporto alguém que goste de passar tempo demais dormindo, descansando ou assistindo televisão não suporto muita coisas. No final suporto tudo. E não suporto nada.
Ela é barulhenta e surda 


 Hoje sexta, uma noite linda la fora, o céu muito estrelado e limpo. Noite tranquila esculto os carros indo e voltando, o cheiro do churrasquinho e da lanchonete entra pela janela do meu quarto  Vejo a vida aqui de dentro, escutando e sentindo cheiro. A vida cheira, e fede ao mesmo tempo. Ela é barulhenta e surda, ainda pouco se ouvia vozes de pessoas chegando e saindo. Nesse momento só cheiro e barulho de maquinas. E, aqui  estou eu com fome, de tudo, envolvida pela necessidade física de comer algo, e não disposta a fazer a mesma coisa que faço todos os dias. Prefiro me contentar com um copo cheio de água, nunca fui uma pessoa classificada preguiçosa, mas nesse momento estou tentando esquecer um pouco as minhas tarefas diária. Hoje é uma seta -feira atípica de muitas outras que já tive, e que não estou a suportar. Por outro lado não consigo mais me enxergar como pessoa, sociedade, ser....perdi algo em mim, ficou pelo caminho. Encaro a vida no tom bem que normal de segunda a quinta, mais no fim de semana me sinto inquieta por dentro, perdi meu rebolado, minhas pernas não mais me obedecem como antes, não sei mais os passos e compassos, me sinto tímida diante de mim, e do espelho, das roupas mofadas, e ainda algumas com etiquetas, nas quais eu já enjoei antes mesmo de usa-las. Saio e quando isso acontece, ando assutada, como se fosse a primeira vez. quando acontece as vezes me parece sempre ser a primeira vez. O cheiro que vem de fora cada vez mais aumenta  minha fome, e a luz da noite, aumenta  minha vontade de ver o mundo e chegar ao amanhecer junto com o nascer do sol.

A muito tempo tenho celular, e vejo que quase nunca recebo ligação das pessoas, vale lembrar que não passo meu número para ninguém, até porque as pessoas não pedem, e quando pedem é nesse mundinho virtual no qual eu detesto, lamento assumir isso para mim mesma mais detesto. Acho tudo uma mesmice, curte aqui, comenta la, compartilha, poem fotos, faz e acontece. Fica melhor na fita quem se mostra mais inteligente, ou mais atraente ou mais isso ou mais aquilo. Acho um absurdo as pessoas perderem o que resta da vida fazendo isso. Viver apenas não basta, a vida tem que ter um ou vários sentidos, cada um dar o sentido que pode ou quer. Sinto muito,mesmo vejo minha vida tão sem emoção, pessoas, coisas  algo fuja dessa eterna mesmice, que eu não seja só figurante da minha propiá vida. Gosto de fazer tantas coisas, mais não faço nada ou quase nada do que gostaria de fazer. Hoje ligou uma pessoa para mim, não conheço e parece que meu ser não se dispõem a conhecer. parece algo tão distante, tão invisível  essa foi a unica pessoa que passei meu fone nesses últimos anos. Todavia, devo ser chata, ou muito observadora, algo não faz eu me atirar em uma amizade virtual. Me classifico como um ser humano completamente desconfiado de tudo e todos. O tempo me deixou assim, na verdade não foi o tempo e sim as pessoas que passaram na minha vida, estou eu aqui desacreditada no ser humano. Hoje estive observando um casal que estacionou o carro próximo de onde eu estava, a mulher no banco do motorista o tempinho que ela passou la, o celular dela tocava e dava para ouvir a conversa dela, falando com amigas e amigos. Tudo joia? oi passo ai hoje a noite, e quando vai ser a formatura ? ok eu vou e o bla, bla, bla.  Em outra ligação, as  mesmas coisas celebrar a vida, essa mulher passou o tempo todo acetando os detalhes de como aproveitar a vida. Eu devo odeia pessoas, ou elas devem me odiar, como pode eu não recebo ligações de ninguém, e quando recebo é de um alguém único que nunca vi. Sera  eu uma anormal, ou essas pessoas não são as consideradas normais